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A participação da mulher no mundo da propriedade intelectual ainda não é a ideal, mas são inegáveis os avanços obtidos nos últimos anos para a equidade de gênero apontaram Isabella Cardozo, coordenadora do Comitê de Diversidade e Inclusão da ABPI (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual); Neide Bueno, Conselheira do Conselho Fiscal e Consultivo  da ASPI (Associação Paulista da Propriedade Intelectual); e as ex-presidentes da INTA (International Trademark Association), Tiki Daré; da ASIPI (Associação Interamericana da Propriedade Intelectual), Maria del Pilar Troncoso; e da ABAPI (Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial), Lilian de Melo Silveira. Elas participaram, ontem, 10, do webinar internacional “Associações de Propriedade intelectual e as iniciativas para promover a equidade de gênero”, sob a medição de Martín Michaus Romero, ex-presidente da AMPPI (Asociación Mexicana para la Protección de la Propiedad Intelectual).

Em sua apresentação, Isabella Cardozo, lembrou que das últimas cinco presidências da ABPI, três foram de mulheres. E mesmo as duas mais recentes, embora masculinas, promoveram a diversidade: a anterior criou o Comitê de Diversidade e Inclusão enquanto que a atual estabeleceu a paridade de gênero na diretoria executiva. Nos últimos dois anos, acrescentou, o Comitê realizou palestras, cursos e debates com temas sobre racismo, LGBTQ+, deficientes e equidade de gênero, mas, apesar dos avanços, a ABPI tem uma agenda mais ambiciosa de inclusão. No plano da atual gestão constam maior representatividade no âmbito da diversidade em congressos, publicações, entre outras atividades.  “Nosso plano prevê várias ações na direção da diversidade”, disse, ao lembrar que, no Brasil, mais de 50% da população se declara negra.

Maria del Pilar Troncoso, por sua vez, explicou que, no âmbito da ASIPI, a primeira participação feminina no Comitê Executivo teve início somente em 1997, o que ela considera muito tarde para uma associação fundada há mais de três décadas. A partir de então, a presença das mulheres na entidade só aumentou, com a criação, em 2009, de um Comitê voltado para discutir a participação das mulheres no mercado de trabalho. Segundo ela, hoje, entre os 45 países associados da ASIPI, a presença feminina está cada vez mais próxima da equidade com os homens. “Em alguns países, como na República Dominicana, o número de associadas mulheres é o dobro de associados homens”, acrescentou.

Lilian de Melo Silveira explicou que no caso da ABAPI a inclusão feminina se deu naturalmente, acompanhando a evolução da presença da mulher no mercado de trabalho. Em fins da década de 50, segundo ela, havia uma participação de 30% de mulheres entre os associados da entidade, percentual que hoje chegou a 48%, com equidade de gênero na diretoria e mais de 60% na coordenação dos cursos. “Estamos avaliando a criação de um grupo de trabalho, que pode ser na forma de um comitê, para tratar esta questão da equidade’, disse.

Neide Bueno explicou que, fundada por homens, a ASPI teve naturalmente predominância do sexo masculino em suas gestões. Mas desde 2009, quando a entidade teve sua primeira mulher na presidência, o caminho para a participação feminina na ASPI aumentou progressivamente. “Hoje, na diretoria executiva as gestões têm sido formadas de forma equitativa de gênero, não havendo qualquer tipo de discriminação”, disse.

Perdeu o evento? Você pode assistir ao webinar completo no canal da ABPI no Youtube. Clique aqui!

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