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A venda ilegal no setor de vestuário representa entre 35% a 40% do que é comercializado no mercado brasileiro, informou o presidente da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel. Ele participou, ontem, 05/05, ao lado de Guilherme Rosman, presidente da DeMillus, do “Law & Fashion Webtalk – Os Bastidores da Indústria da Moda em Tempos de Covid-19”, webinar promovido pela ABPI em conjunto com a Comissão de Direito da Moda (CDMD) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Com mediação da presidente do CDMD, Deborah Portilho, o webtalk contou com a participação do presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta, e da conselheira da entidade Renata Lisboa.

Além da pirataria, externa e interna, a indústria do vestuário enfrenta a concorrência dos produtos têxteis asiáticos, que entram no Brasil com apoio de seus governos e sem os altos encargos que incidem sobre os empresários brasileiros do setor. O presidente da DeMillus deu como exemplo a taxa de conversão de energia paga pela empresa, que é de 16 dólares por BTU, contra apenas 2 dólares na China. “Não queremos proteção, mas condições iguais de competitividade”, argumentou. “Para enfrentar a China precisamos de resposta rápida, investir em design, criatividade, inovação, sustentabilidade e bom gosto”, acrescentou Pimentel.

Apesar da queda dos negócios durante a pandemia, a indústria têxtil brasileira vem mostrando vitalidade. Em 30 dias, com máquinas adaptadas, as fábricas passaram a produzir mais de 100 milhões de máscaras cirúrgicas mensais para atender hospitais e empresas. A DeMillus, líder no mercado brasileiro de moda íntima, desenvolveu com a gaúcha Fitec, uma máscara especial e já está fabricando 80 mil unidades por dia, além de 5 mil aventais. Na próxima semana, a empresa pretende contratar 110 funcionários para atender a demanda crescente, uma vez que 50% da produção está voltada para atendimento da rede hospitalar, emissoras de televisão, siderúrgicas e companhias de energia, entre outros.

 

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