As empresas que sobreviverem à pandemia vão ter uma avaliação positiva em 2021, por isso o mais importante agora é sobreviver, recomendou, ontem, 22, o economista Douglas Carvalho Júnior, da Target Advisor, consultoria especializada em finanças corporativas. Douglas Carvalho participou, ao lado de Rodrigo Caseli, do Grupo Avenida, e Raphael Sahyoun, da grife Twenty for Seven, do 6º Law & Fashion Webtalk, em debate os “Conglomerados de Moda: Aspectos Estratégicos e Legais”. O evento, promovido pela ABPI, em parceria com a Comissão de Direito da Moda (CDMD) da OAB-RJ, teve a moderação de Deborah Portilho e Renata Lisboa, respectivamente presidente e primeira vice-presidente da CDMD. “O empresário não tem que pensar na venda, se vai sair ou não, tem que sobreviver, viver é para depois. É hora de arrumar a sua organização”, disse Douglas Carvalho.
É exatamente o que está fazendo a Twenty for Seven. “Temos planos de, no futuro, aumentar o número de franquias e licenciados, mas agora estamos reorganizando a empresa para conseguir passar pelo que está acontecendo e vislumbrar um futuro estruturado”, explicou Raphael Sahyon. Em 2011, ele vendeu a Bobstore, marca de moda feminina, para o grupo Inbrands e, seis anos depois, lançou a Twenty Four Seven, que já tem 28 lojas espalhadas no País. “O que está conhecendo é novo para todo mundo, somente com a reabertura dos shoppings e das lojas vamos conseguir enxergar um pouco mais a frente”, disse o empresário.
Já o Grupo Avenida é um ponto fora da curva na pandemia. Com 127 lojas localizadas em 14 estados brasileiros menos afetados pelo coronavírus, o grupo já tem 103 unidades operando e, segundo Caseli, das 40 lojas em shoppings, pelo menos uma dezena registra crescimento em comparação com 2019. Em Cuiabá, onde fica a sede da empresa, as medidas sanitárias de restrição ao comércio ainda são rígidas e, por isso, as lojas ainda estão fechadas. “Quando as lojas de Cuiabá reabrirem teremos 100% da nossa operação funcionando”, disse o empresário. “Acreditamos que o mês de agosto tenha uma vida normal em termos de venda”. Empresa tradicional do centro-norte do País do ramo de varejo e moda para as classes C e D, o Grupo Avenida recebeu, em 2014, um aporte de recursos do Fundo de Investimento Kinea, investidora ligada ao Grupo Itaú.
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