A visão de futuro do mercado da moda aponta para a busca permanente pela inovação, concluíram o antropólogo e pesquisador do SENAI CETIQT, Marcelo Ramos, e a jornalista e consultora de moda Lu Catoira, no 2º Law & Fashion Webtalk, sob o tema “Comportamento e consumo: mudanças e tendências sob os impactos da pandemia”. O evento, realizado em 19 de maio e promovido pela ABPI – Associação Brasileira da Propriedade Intelectual em conjunto com a Comissão de Direito da Moda (CDMD) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), teve participação da conselheira da ABPI Renata Lisboa, e da vice-presidente da CDMD Andrea de Andrade Gomes.
Para o pesquisador do SENAI CETIQT, o mercado da moda confirmará as tendências que as projeções para o setor já apontavam. As empresas, para sobreviver no cenário pós pandemia, terão, entre outras, que respeitar os preceitos de sustentabilidade dos produtos, reduzir os estoques, produzir sob demanda e utilizar com mais ênfase as plataformas virtuais de comercialização e divulgação de suas coleções. “Não haverá uma ruptura completa com as tradições”, disse Ramos. “ As empresas terão que fazer análise do mercado e rever custos, marketing e estoque”, acrescentou Lu Catoira.
Como não há previsões de quando efetivamente a economia vai se recuperar serão tempos difíceis para o setor. Lu Catoira citou sondagem recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) dando conta que, desde o início da pandemia o consumo no segmento de vestuário caiu 34,1% e o de calçados 38,9%. Se a expectativa é de que, no futuro, a venda virtual sustente boa parte da comercialização do setor, a movimentação atual, por este canal, ainda deixa a desejar. No Brasil, segundo o pesquisador do SENAI CETIQT, as vendas do setor ainda são predominantemente realizadas em lojas físicas: o e-comerce representa apenas 1,5% do segmento de vestuário e no de calçados 2%.
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