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O atual sistema de Propriedade Intelectual terá que se ajustar às exigências impostas pelas tecnologias 4.0, ponderou, nesta terça-feira, 14, o especialista em Políticas e Indústria da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Fabiano Barreto, durante o 6º IP Meetings, evento virtual promovido pela ABPI e a OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em conjunto, nesta edição, do INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial e da CNI- Confederação Nacional da Indústria.

Barreto debateu o tema “Propriedade Intelectual 4.0: a PI na quarta revolução industrial”, ao lado do executivo de Desenvolvimento de Negócios, Pesquisa em Propriedade Intelectual da IBM Rio de Janeiro, Alexandre Pfeifer, e com a moderação do coordenador geral da Diretoria de Patentes do INPI, Vagner Latsch. Da mesa virtual de abertura participaram, além de Barreto, o presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta, o diretor regional da OMPI no Brasil, José Graça Aranha, e o presidente do INPI, Claudio Furtado.

O especialista da CNI ponderou que, com a redução dos pedidos de patentes pendentes de exame, o backlog, o INPI terá que se atualizar tecnologicamente e dar conta de exames de patentes de produtos com ciclo de vida mercadológico cada vez mais curto. Ele sugeriu uma interação, no futuro, entre os examinadores da autarquia e os técnicos das indústrias, o que resultaria em exames mais qualificados e concluídos em menor tempo. “Todo mundo sai ganhando”, disse. Barreto também considerou que o atual sistema de patentes pode não dar conta da diversidade tecnológica advinda do ambiente da indústria 4.0. “Será difícil encaixar tecnologias cada vez mais diferentes dentro de um único sistema global de patentes”, afirmou. “Talvez tenhamos que pensar em novos tipos de proteção sui generis”.

Pfeifer, por sua vez, fez uma apresentação das atividades desenvolvidas pela IBM, com destaque para a longa tradição da empresa em propriedade intelectual. Segundo ele, desde 1920, quando foi criada, aos dias atuais, a IBM já depositou mais de 140 mil patentes. Só no ano passado foram 9.200 patentes, sendo 800 delas no campo da Inteligência Artificial. “Na IBM a propriedade intelectual é um negócio”, explicou, ao acrescentar que a empresa não apenas desenvolve novas tecnologias, mas licencia, vende e até adquire patentes de terceiros. As novas tecnologias patenteáveis da companhia são desenvolvidas por meio de uma rede mundial, da qual participa um grupo da subsidiária brasileira.

Veja o webinar completo no canal da ABPI no Youtube.

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