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Embora as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) representem 99% de todas as empresas brasileiras, respondam por 30% do PIB e empreguem 50% da mão-de-obra do País elas são responsáveis por apenas 48% das marcas e 11% das patentes depositadas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O tema, em celebração do Dia Mundial da Propriedade Intelectual, foi abordado nesta segunda-feira, 26, em mesa-redonda promovida pela ABPI, INPI, WIPO (World Intellectual Property Organization, na sigla em inglês) e os ministérios da Economia e do Turismo. “Pelo importante papel que desempenham na economia, é fundamental que as pequenas e médias empresas e startups entendam que os ativos de propriedade intelectual são bens essenciais para os seus negócios e um forte atrativo para investimentos”, disse, na abertura do evento, o presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta.

Sob o tema “PI e PME: Levar suas ideias para o mercado”, o evento da PI em homenagem as Pequenas e Médias Empresas (PME) apresentou dois cases de empreendedorismo, protagonizados pelos empresários Xisto Alves de Souza Júnior, da Jetbov, e Beatriz Dockhorn, da Bia Brazil, sob a moderação da diretora e conselheira da ABPI, Antonella Carminatti. Participaram da mesa de abertura, além de Montaury Pimenta, Cláudio Furtado, do INPI; Daren Tang, da WIPO; Felipe Carmona Cantera, do Sindapi; Luiz Henrique do Amaral, da AIPPI; Elizabeth Siemsen do Amaral, da ASIPI; Renaud Gaillard, do INPI da França; José Graça Aranha, da OMPI Brasil; Álvaro Loureiro, da ABAPI; Marcelo Nascimento, da ASPI; Fabiano Barreto, da CNI; Bruno Quick, do Sebrae; Terkel Borg, da Embaixada da Dinamarca; Kenji Naemura, do J.P.O.; Maria Angelica Garcia, do U.K.I.P.O.; e David Kenis, do U.S.P.T.O.

A Jetbov, listada pela Revista Exame como “top of mind” da pecuária brasileira, utiliza tecnologia de informação e armazenamento de dados como ferramentas de gestão para a bovinocultura de corte. Vacinas, manejo do gado, pesagem, além do controle financeiro do sistema, são algumas das tarefas realizadas pelo aplicativo. Em 2016, explica Souza Júnior, a empresa buscou assessoria jurídica para fazer o registro da marca e chegou a ser notificada pela Red Bull porque a logomarca da Jetbov sugeria uma semelhança com a da multinacional. A Jetbov mudou o logo, registrou a nova marca e optou pela proteção como segredo industrial. “Agora, já estamos pensando em registrar a marca nos países para onde exportamos, Portugal, Angola, Moçambique, Bolívia e Paraguai”, afirma Xisto Souza Júnior.

A preocupação com a marca sempre esteve no radar da gaúcha Beatriz Dockhorn. Fundada em 1994, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, fabricando e vendendo roupas femininas para esporte, a Bia Brazil foi a primeira microempresa brasileira de vestuário a exportar. A experiência internacional começou cedo e os problemas com a propriedade intelectual do negócio também. “Alguns representantes no exterior, como no México, acabavam se apropriando da marca da empresa e Beatriz tinha que pagar para resgatá-la. Hoje a Bia Brazil exporta para 94 países e tem marca registrada nos países do mercado comum europeu, México, Chile, Líbano e Finlândia. “Onde entramos com maior volume de vendas registramos a marca”, diz Beatriz Hockhorn. “Proteção da marca é oxigênio”.
Veja o vídeo completo do evento no canal da ABPI no YoTube. 

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