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A Medida Provisória 984/2020, que dá aos clubes mandantes os direitos de transmissão de um jogo de futebol, é bom para os clubes, para o torcedor e para a economia concordaram Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia, e Alexandre Rangel, partner da Ernst & Young, em webinar promovido ontem, 30/07, pela ABPI. O debate, sob o tema “O futebol não será mais visto da mesma forma”, foi organizado pela Comissão de Estudos de Direitos de Propriedade Intelectual em Matéria de Esporte e teve a mediação dos coordenadores Fernanda Magalhães e João Marcos Gebara.

Os debatedores concordaram que o modelo monopolista atual de transmissão ficou defasado. O ingresso de novos atores no mercado de transmissão, com as plataformas de streaming e a evolução da internet criou um novo cenário e exigiu uma renovação na forma de comercialização das transmissões dos jogos. Para Bellintani, se a MP será boa para os clubes mais fortes, favorecerá também os menores que, na condição de mandantes dos seus jogos, terão na transmissão um ativo com mais valor para negociar. “Se a MP for confirmada, todos os clubes vão tirar proveito da nova legislação”, disse.

Rangel vê na MP o fortalecimento do futebol como entretenimento e prevê mudanças radicais no sistema. “O mundo mudou, hoje há uma concorrência muito grande por esportes ao vivo. O lazer doméstico terá uma prevalência e o esporte ao vivo se presta para isso”, disse. Ele considera que as mudanças fazem parte de um processo gradual e inexorável, como o que ocorreu na liga americana, que fez os clubes se organizarem em blocos.  “A MP vai trazer muito mais dinheiro para todos”, disse, ao lembrar que os direitos de imagem são a maior fonte de receita dos clubes, representando entre 40% a 50% da receita.

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