Evento das Representações Seccionais une o País
“O evento só comprovou a importância das representações seccionais da ABPI. É um dia que vai ficar na história da associação”, disse, no último dia 19, a diretora-secretária e coordenadora das Representações Seccionais da ABPI, Maria Inez de Araújo Abreu, no encerramento do 5º Evento de Representações da ABPI Norte/Nordeste. A mesa redonda, em formato on-line, tratou sobre as políticas públicas em CT&I no Norte-Nordeste do País e foi organizada por Rodrigo Moraes, Ticiano Gadelha, Wagner Robério Barros Gomes e Branca Alves, com abertura do presidente da ABPI, Gabriel Leonardos. “A ABPI é uma entidade brasileira que está cumprindo o seu papel de espalhar a disciplina da PI no Brasil inteiro”, acrescentou Moraes, representante seccional da ABPI na Bahia.
Com sete painéis e 16 palestras proferidas por especialistas de diferentes áreas, o 5º Evento de Representações da ABPI deixou um quê de “quero mais”. Já no primeiro painel, o “Vitória Régia”, o professor de Direito Constitucional da Universidade Federal da Bahia (FDUFBA) e procurador da República, Andre Batista Neves, deu início a um debate que priorizou a integração do norte nordeste no desenvolvimento do País, seja com maior ou menor participação do Estado. Qual a melhor opção? “A saída está no meio”, ensinou Neves. “Entre maior intervenção e maior incentivo ao setor privado, nada dogmática, mas pragmática, a escolha deve ser feita com os olhos postos no setor que se quer desenvolver e, principalmente, considerando a diversidade cultural, econômica e demográfica do Norte/Nordeste”.
Os painéis do evento, que já tinham nomes sugestivos ao ecossistema do Norte/ Nordeste, ganharam em diversidade com o perfil multidisciplinar dos palestrantes. O segundo e terceiro painéis foram dedicados ao debate sobre o papel do setor produtivo no desenvolvimento regional. No “Mandacaru”, os palestrantes foram Evandro Mazo, do Instituto Evaldo Lodi (IEL) da Bahia, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI); Daniela Guedes, da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE); e a professora Morganna Tito, coordenadora de comunidades na Paraíba. No “Urucum”, que encerrou as atividades da manhã, o debate reuniu o advogado Ricardo Bacelar Paiva; Sheila de Souza Corrêa de Melo, da Embrapa do Paraná; e Noélia Lúcia Simões Falcão, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia.
À tarde, os dois primeiros painéis foram dedicados à discussão sobre o papel do governo e as políticas públicas para o desenvolvimento regional. No “Aroeira” participaram Viviane Gomes Almeida, do INPI da Bahia; Antonio Carvalho, do Conselho de Inovação de Maceió; e Rafael Dubeux, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife. Já o painel “Aloe-Vera” reuniu Francilene Garcia, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti); e Handerson Leite, da Secretaria de Ciência, tecnologia e Inovação do governo da Bahia (SECTI).
O penúltimo painel, “Coco-da-Praia” foi dedicado ao envolvimento do setor acadêmico no processo de inovação e o papel a ser desempenhado pelo governo e o setor privado. Palestraram Cristina Quintela, do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (Profnit), da Universidade Federal da Bahia; e Gesil Sampaio, do Fortec. No “Jambu”, que marcou o encerramento, a palestra ficou por conta de Pierre Lucena, do Porto Digital. Ele fez uma apresentação sobre o parque tecnológico, que completa 22 anos de existência e reúne empresas, órgãos públicos e universidades, entre 355 organizações e mais de 15 mil colaboradores.