Sob o tema “PI e os Jovens: Inovando para um mundo melhor’, ABPI, WIPO (Organização Mundial da Propriedade Intelectual, na tradução para o português), INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), e o GIPI (Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual), do Ministério da Economia, abriram, na última terça-feira, 26, a série de eventos comemorativos do Dia Mundial da Propriedade Intelectual. No primeiro dia de debates participaram dois jovens empreendedores, Sara Raimundo, co-fundadora da startup Unicainstancia, e Alan Lopes de Barros, product manager da Lumx Studios, com a mediação da professora Kone Cesário, da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
Ao abrir os trabalhos, o presidente da ABPI, Gabriel Leonardos, chamou a atenção para o momento desafiador, que, segundo ele, exige a mobilização de todos que se preocupam com o sistema de PI e com a queda no número de patentes requeridas no Brasil. “Precisamos nos unir para reconhecer a importância da PI. Estudos encomendados pela ABPI mostram que as empresas intensivas em PI são também as que agregam mais valor, pagam os melhores salários e criam mais riqueza”, observou.
Participaram também do evento Jackeline de Sousa Conca, vice-presidente do GIPI, Tânia Ribeiro, diretora executiva do INPI, David Kellis, do USPTO (United States Patent and Trademark Office), Kenji Kainuma, do Japan Patent Office, e Isabella Pimentel, da OMPI. O evento contou ainda com uma mensagem especial de Daren Tang, diretor geral da WIPO.
Em sua exposição Sara apresentou a solução desenvolvida dentro da UFRJ pela Unicainstancia, uma startup que dá suporte aos consumidores na garantia de seus direitos. Conseguimos criar um sistema que ajuda os consumidores a negociar com as empresas, trazendo benefícios para todos”, explicou. “Temos hoje um sistema que afasta o cidadão do seu direito com uma linguagem burocrática e inacessível. Todos sabemos quanto tempo pode demorar um processo judicial”. Ela lembrou que a empresa nasceu no meio da pandemia, e já conta com investimentos e prêmios.
Alan, por sua vez, mostrou que a Lumx, empresa que introduz marcas no metaverso, também desenvolve experiências voltadas para NFTs e web 3.0. Recentemente a Lumx lançou sua própria coleção de NFTs, a 55Unity, com a criação de mais de 3.000 tokens. “Venho da área de Direito e da Propriedade intelectual que foi uma grande escola pra mim”.
Em sua intervenção, Kone Cesário pediu a união da plateia pela inclusão obrigatória da disciplina de Propriedade Intelectual nos cursos de direito. “Temos aqui dois representantes de uma gama de alunos brilhantes que também são criadores de Propriedade Intelectual”, disse.
Você pode assistir ao evento completo no canal da ABPI no Youtube.