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Inovar tem a ver com método e cultura

Inovar tem a ver com método e cultura

Inovar é questão de cultura empresarial, pode envolver iniciativas simples e não necessariamente é sinônimo de tecnologia. É o que mostraram, nesta terça-feira, 16, os participantes do 6º Evento das Representações Seccionais da ABPI. O evento, presencial e online, teve como tema o “Ecossistema de Inovação em Minas Gerais” e contou com palestras de André Medina, da Andrade Gutierrez; Guilherme Freitas, da MRV; e Priscila Malaguti Guerzoni, da Skema Business School. A representante seccional de Minas Gerais da ABPI, Luiza Tângari Coelho, foi a moderadora do debate.

Para mostrar como muitas vezes a inovação pode ser implementada por meio de soluções simples, Freitas deu o exemplo da modificação feita na MRV nos contratos de venda de apartamentos. Com a mudança, os documentos, verdadeiros arrazoados em “juridiquês”, ganharam linguagem acessível, melhoria visual e foram reduzidos de 22 para seis páginas. “Eram contratos feitos por advogados para advogados e pouco acessíveis ao consumidor”, explica o representante da MRV. “É importante que o jurídico das empresas ajude a disseminar a cultura de inovação tornando este fluxo natural em todas as áreas da empresa”. Outro aspecto importante destacado pelo diretor da MRV é quanto ao objetivo pretendido com a inovação. Ele citou dados de uma pesquisa nos Estados Unidos revelando que 77% dos projetos de inovação implementados no mercado norte-americano falharam por não terem um objetivo definido. “Inovação requer cultura, método e objetivo”, disse.

Medina, em sua exposição, ressaltou que a inovação não precisa ser desenvolvida dentro de casa. A Andrade Gutierrez criou, em 2018, o Vetor AG, primeiro programa de inovação aberta do setor de engenharia e construção que busca, por meio de parcerias, soluções em diversas áreas. Até outubro do ano passado o programa já havia atingido a marca de mais de 1.500 conexões com startups, além de ter acelerado mais de 30 iniciativas e contratado mais de 20 soluções. “A inovação aberta é mais rápida e barata e dá amplitude maior para as soluções do nosso negócio do que se as desenvolvêssemos apenas em casa”, disse Medina.

A professora Priscila Malaguti Guerzoni, por sua vez, ressaltou a importância da integração da inovação no mercado. “Para se tirar uma ideia do papel é essencial a conexão com o empreendedor”, disse. Segundo ela, ao escolher Belo Horizonte para sediar seu campus no Brasil, a Skema Business School levou em consideração o fato de a capital mineira ser a terceira maior cidade para negócios no País. Criada em 2009 a partir da fusão entre a École Supérieure de Commerce – Lille (1892) e a CERAM Business School – Sophia Antipolis (1963), em Belo Horizonte a Skema oferece os cursos de Administração e Direito.

Se você perdeu o webinar, é possível revê-lo no Canal da ABPI no Youtube

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