Pesquisa clínica e patentes no Brasil

O Table Topic 4 “Pesquisa clínica e patentes no Brasil” fechou o segundo dia de Soft Opening. Participaram do encontro Robert Frederic Woolley, especialista em PI para Inovação da Hypofarma; Cristiano Gonçalves, diretor de Inovação e Licenciamento Tecnológico do Instituto Butantan, e Sinara Travisani, consultora de Patentes Sênior da Souto Corrêa Advogados, como moderadora.

No início do encontro, a moderadora colocou em pauta a relação das indústrias que promovem as pesquisas, desenvolvimento, segurança e eficácia dos produtos que chegarão ao mercado com as questões de registro de patentes.

Robert Frederic Woolley comentou que um grande ponto do assunto é o desenvolvimento do processo, que é complexo e caro. “Os processos com Propriedade Intelectual passam por uma etapa de sigilo muito grande antes do depósito da patente de interesse com os dados clínicos gerados no processo”.

Segundo Woolley, as patentes têm uma sequência lógica de desenvolvimento. “A primeira patente é da molécula. E é importante destacar que estudos apontam que de cada 10 mil moléculas desenvolvidas, apenas uma vai virar um remédio que chegará às farmácias. E essa vai pagar o custo do projeto todas as outras”.

Ele destacou que a indústria farmacêutica vive de um projeto que financia o próximo. Por isso, é importante criar ativos que vão gerar valor para que a indústria possa impulsionar novos investimentos. “Concluindo, o avanço da ciência depende de patentes e estudos clínicos e eles precisam andar juntos para gerar valor ”.

Competência local – Para Cristiano Gonçalves, o aumento das pesquisas clínicas no Brasil tem como ponto principal de legado a geração de competência local. “Executar o estudo clínico não é algo simples. Existe uma cadeia super complexa, com monitoramento dos pacientes, trazer amostras do centro de pesquisas para o local do patrocinador. Por tudo isso, ter um cenário favorável do ponto de vista legal e regulatório para aumentar a pesquisa clínica no Brasil vai elevar as competências regionais”.

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