A pouco menos de dois meses da realização do 42º Congresso Internacional da Propriedade Intelectual da ABPI, que acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto no Sheraton WTC, em São Paulo, os preparativos estão avançados. Trata-se do maior e mais importante evento de Propriedade Intelectual da América Latina.
Nesta edição, o Congresso da ABPI vem de cara nova, conforme anuncia a diretora-executiva da ABPI, Erika Diniz, que coordena a produção do evento há pelo menos 13 edições. Em 2020 e 2021, no auge da pandemia, o evento já rompia paradigmas, tendo sido 100% virtual. Era um cenário inteiramente novo. A tecnologia foi a mola mestra da produção do evento com o advento das salas on-line e alta interatividade virtual. Neste ano, há novas mudanças. O Congresso terá duração de dois dias e será híbrido com os congressistas podendo escolher entre participar de forma virtual ou presencial. “O formato híbrido veio para ficar”, diz Erika.
São muitos os desafios de organizar um Congresso dessa monta. Para a parte presencial, há que se tomar medidas sanitárias para fazer face à pandemia, que persiste. Do ponto de vista operacional, há providências sensíveis, seja quanto à escolha do local do evento, quanto à logística e ao transporte dos congressistas e convidados. A questão da sustentabilidade também exige cuidados, como a utilização de materiais recicláveis e o seu descarte, para ficar em alguns exemplos. Somam-se a isso as medidas para divulgação, o serviço de catering e uma miríade de detalhes que podem provocar algumas noites de insônia aos organizadores.
Cabe ao Comitê Organizador, encabeçado neste ano por Gabriel Leonardos, Presidente da ABPI, discutir muitos destes itens. Para tanto, o Comitê reúne-se duas vezes por mês e, nos meses próximos ao evento, promove até quatro encontros mensais. Uma das pautas mais importantes é a escolha dos temas e palestrantes convidados, que está na alçada do Comitê Científico, coordenado por Filipe Fonteles Cabral, membro do Conselho da ABPI. Neste ano, a ABPI fez uma pesquisa junto aos seus associados para escolher os temas a serem discutidos no Congresso.
A interatividade digital é um fenômeno recente em se tratando de eventos, mas vem se impondo como uma forma necessária de comunicação. Nos dois anos em que adquiriu o formato 100% virtual, o Congresso da ABPI alcançou praticamente o dobro de público, ultrapassando a marca de 1.200 inscrições. A participação de estrangeiros também aumentou e chegou a mais de uma centena, provenientes de 30 países.
A tecnologia continua com especial relevância, particularmente em um evento híbrido. Uma transmissão em tempo real exige ferramentas digitais de ponta para evitar interrupções causadas por panes técnicas. O maior desafio? “É fazer um evento de qualidade, com mais participantes, que satisfaça os congressistas e traga mais associados para a ABPI”, completa Erika, que, por conta do evento, maneja uma equipe de cerca de 200 pessoas, entre internos e prestadores de serviço. “O nosso objetivo é fazer um evento on-line com o máximo de interação”, diz.
