Newsletter Edição 15 - Junho 2020

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Novas IGs certificam queijos, vinhos e abacaxis

O café da Mantiqueira, em Minas Gerais, o abacaxi de Novo Remanso, no interior do Amazonas, e os vinhos da Campanha Gaúcha são as mais recentes Indicações Geográficas (IGs) reconhecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Com os novos registros, o Brasil já soma 78 IGs, seja por Indicação de Procedência (IP), baseada essencialmente na reputação da região junto aos consumidores e o mercado, ou por Denominação de Origem (DO), que se refere ao vínculo entre o meio geográfico e o produto. Numa diversidade de cores e sabores, as IGs brasileiras certificaram queijos, guaraná, cacau, cachaça, panelas de barro, mármore, calçados e até opalas, para citar alguns itens.

Uma pesquisa do Sebrae revelou que o agronegócio lidera o número de IGs existentes no País, com 76% do total, seguido pelo setor do artesanato, com 13,4%. A IG da Região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais, que passou a ser uma DO, reúne cerca de 9.200 produtores de café, distribuídos em 25 municípios, sendo 89% desse total pequenos negócios. O Sebrae identificou 150 potenciais IGs até o ano de 2023. 

O selo de IP atribuído aos vinhos produzidos na Campanha Gaúcha, nas fronteiras com Uruguai e Argentina, incluiu 18 vinícolas que atuam em 18 municípios da região, com uma produção de mais de 5,6 milhões de litros de vinho em 2019. A Campanha gaúcha é o segundo polo de produção nacional de vinho, com 31% da produção. “As recentes concessões de registros paras as IGs demonstram a percepção pelos produtores de que se trata de um importante instrumento para proteção e valorização dos produtos e serviços provenientes de suas regiões, assim como da notabilização das próprias regiões”, explicou Daniel Adensohn, coordenador da Comissão de Estudos de Indicações Geográficas da ABPI.

No caso do abacaxi produzido há meio século por mais de 1.800 agricultores das comunidades amazônicas de Novo Remanso e Vila do Engenho, no município de Itacoatiara, em Caramuri, em Manaus, e em áreas do município de Rio Preto da Eva, a IP foi concedida pela sua doçura única, o que o diferencia dos que são produzidos em outras áreas do País. 

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