Na maioria dos países computadores e robôs não são autores
Ainda não há respostas sobre a autoria das criações de IA (Inteligência Artificial) generativa, mas, considerando a legislação vigente na maioria dos países, como Estados Unidos e os da União Europeia, computadores e robôs não são considerados autores, disse, ontem (20), a futuróloga Crystal Washington, a keynote speaker do Congresso. “Há muitas conversas globais sobre os direitos da IA generativa, mas, no momento não há uma decisão e temos que trabalhar nisso. A IA pode ter uma patente, mas eu não sei a resposta”.
Em sua palestra, intercalada por jogos interativos com a plateia, a keynote speaker do evento lembrou que o número de patentes de IA estão suplantando as patentes tradicionais. Crystal mostrou resultados de uma pesquisa que fez no Brasil revelando que nada menos do que 100% dos entrevistados consideraram que a proteção dos direitos de Propriedade Intelectual é essencial para promover a criatividade e que 92% concordaram que a PI contribui para uma economia mais justa.
Para a futuróloga, a receita para sobreviver ao futuro da Inteligência Artificial é pensar como um futurólogo, ter a mente aberta e descobrir como a tecnologia pode abrir oportunidades. Empresas que desdenharam a sinalização das mudanças que estavam por vir, como companhias de táxi e uma conhecida rede de videolocadora pagaram caro. Muitas das criações de IA generativa, segundo ela, devem superar o trabalho realizado pelo homem, mas sempre haverá a necessidade de uma “supervisão humana”.