Newsletter Edição 15 - Junho 2020

Logo ABPI
Voltar

Fiocruz combate a pandemia com vacina, testes e até hospital

A Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz está com grandes investimentos para aumentar sua capacidade industrial de produção de vacinas, ampliando em cerca de 6 vezes sua capacidade atual que é de 20 milhões de frascos de vacinas/ano, o que dará uma nova dimensão ao País no campo das vacinas, informou o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mario Santos Moreira, durante o webinar “As principais iniciativas da Fiocruz no enfrentamento da Covid-19”, realizado no dia 12 de junho. O evento, promovido pela ABPI, foi organizado pela Comissão de Estudos de Patentes, coordenada por Ana Cristina Müller, Ana Cláudia Mamede Carneiro e José Eduardo Filgueiras.

O Brasil não vai ficar fora desse esforço de produção de uma vacina contra o novo coronavírus, seja como desenvolvedor de uma possível vacina ou incorporador de uma tecnologia desenvolvida no exterior, mas, principalmente, como produtor tão logo desenvolvida e reconhecida como imunizante. Sendo desenvolvida internacionalmente, a Fiocruz teria condições de produzir a vacina por meio de acordo de transferência de tecnologia. “Vamos ter que escolher duas ou três vacinas, as mais promissoras”, disse. “Já estamos assinando acordos de entendimento e sigilo com empresas e universidades nesse sentido e para garantir também que os estudos clínicos sejam desenvolvidos no Brasil com o nosso acompanhamento”.

Em sua exposição – que teve a mediação da co-coordenadora da Comissão de Estudos de Patentes da ABPI, Ana Cristina Müller – o representante da Fiocruz explicou que, por meio de parcerias com empresas privadas, a instituição alcançou a marca, nas últimas semanas, de 4,9 milhões de testes de diagnóstico produzidos. Com o financiamento do setor privado, incluindo aportes oriundos do programa Todos pela Saúde, estão sendo criadas duas novas unidades de apoio à testagem, uma na cidade do Rio de Janeiro e outra no município de Eusébio, no Ceará. Em reunião no Ministério da Saúde, a Fiocruz vai discutir sua participação no sistema de coleta de amostras, que é um dos principais indicadores para avaliar a expansão da pandemia no País. “Tiramos o nó do sistema, que era a capacidade de testagem”, diz Moreira. Com mais de 1 milhão de infectados e mais de 50 mil óbitos, no entanto, o Brasil não utilizou nem um quinto dos testes disponíveis.

As ações de enfrentamento à pandemia da Fiocruz não param por aí. A instituição inaugurou recentemente uma unidade hospitalar destinada a pacientes graves contaminados pela doença. Localizado em Manguinhos, sede da Fundação no Rio de Janeiro, o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), tem capacidade para 90 pacientes, que são transferidos pela central de regulação de vagas, coordenada pelas secretarias municipal e estadual de saúde.

Você pode rever este webinar completo no Canal da ABPI no Youtube

Voltar SEJA UM ASSOCIADO