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Empresas e escritórios de advocacia precisam de responsabilidade social

O painel 4 “Tecnologia como ferramenta de inclusão social”, reuniu Andrea Nwabasili, Legal Ethics & Compliance Senior Manager da Novo Nordisk; Michael Hawkins, Sócio da Noerr e Isabella Cardozo, da Daniel Advogados, como moderadora. Andrea e Hawkins falaram sobre a relevância das ações em torno do tema que são praticadas por grandes corporações e escritórios de advocacia e também sobre suas experiências.

Andrea contou que hoje, no departamento jurídico onde atua, cerca de 45% das pessoas se autodeclaram como negras. “É um momento inédito pra mim, nunca vivi algo assim. Na maioria das outras empresas em que trabalhei, eu era a única pessoa negra”.

“Quando entrei na faculdade não havia pessoas como eu. Isso aconteceu também quando me formei e entrei no mercado de trabalho. Não via possibilidades promissoras. Eu desistia ou entendia minhas potencialidades e seguia em frente. Eu segui e cheguei aqui”.

Atualmente, Andrea percebe muitas diferenças. Na sua visão, a diversidade entrou na pauta das empresas de vez e não sairá mais. “Não haverá retrocesso, só avanços”.

Para a advogada, empresas e escritórios de advocacia precisam de responsabilidade social para implantar as mudanças, que passam pelo momento da contratação de colaboradores e colaboradoras, abrindo mais possibilidades para pessoas negras, da comunidade LGBTQIAPN+, com deficiência e tantos outros. “Isso passa também pelo momento de contratar fornecedor ou estabelecer parcerias. É necessário avaliar se essas outras companhias falam a mesma língua que falamos em relação à diversidade e inclusão”. 

Hawkins, por sua vez, destacou que foi o primeiro membro da família a ingressar numa universidade e se formou advogado. “A minha jornada pela diversidade também aconteceu. Sou da comunidade LGBT e me preocupava de como isso impactaria na minha carreira profissional. É um grande desafio quando você faz parte de uma minoria, me sentia sozinho, me sentia um impostor”.

Sobre os escritórios com os quais tem contato, Hawkins avalia que ainda estão “um pouco devagar” em relação às questões de diversidade e inclusão. “Na nossa empresa estamos muito empenhados em tornar nosso ambiente cada vez mais inclusivo. De minha parte, assumi a função de capitanear as ações com foco na diversidade e inclusão”.

A importância dos clientes – Na visão de Isabella Cardozo, os clientes dos escritórios podem “empurrar” as mudanças necessárias. “O cliente deve questionar quem vai atendê-lo, quais as diferentes perspectivas e quão diversa é a equipe do escritório. Isso pode acelerar os processos internos”.

 

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