O economista Ricardo Amorim previu em sua palestra um aquecimento da economia nos próximos meses, com ênfase no consumo, no emprego e na atividade industrial. “A confiança da população deve aumentar na medida que as pessoas sejam vacinadas, o que acarretará na normalização das atividades econômicas e elevação do consumo”, afirmou, ao observar que a contração econômica causada pelo coronavírus foi a mais intensa e mais aguda que o Brasil já viu nos últimos 120 anos. “Mas, a recuperação que tivemos na sequência também foi a maior da história”, acrescentou. “O PIB no terceiro trimestre registrou o maior crescimento trimestral da história brasileira, e no quarto trimestre foi o terceiro maior”.
Segundo Amorim, a economia circular, tema âncora do 41º Congresso da ABPI tenderá a ser cada vez mais importante, seguindo o aumento do interesse da sociedade por produtos mais limpos e sustentáveis. Ele defendeu a necessidade de investimento no INPI, como forma de garantir o investimento em inovação. “É importante que o INPI possa usar os próprios recursos e, assim, tenha maior capacidade de resposta”.
Para o economista, a licença compulsória enfraquece o sistema de patentes e deve ser utilizada em condições específicas. “A redução do prazo de vida das patentes diminui a rentabilidade dos investimentos e, em consequência, reduz a inovação”.
Para quem se espanta com o ritmo acelerado das transformações, tanto na vida social como econômica, Amorim avisa que as acelerações vão continuar e serão muito maiores. “O novo normal não é um outro normal, estanque, que chacoalha e estabiliza num nível diferente. O novo normal é a aceleração das transformações”.
