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Economia circular é compromisso de todos

A economia circular, tema âncora do 41º Congresso, mais do que uma iniciativa empresarial isolada, é uma ação conjunta da sociedade em benefício de um planeta mais limpo e sustentável, apontaram, no segundo dia do congresso, os palestrantes da plenária “O papel da inovação na economia circular”. Participaram  Etienne Acedo, da INTA; Fabiana Quiroga, da Braskem; Hugo Bethlem, do Instituto Capitalismo Consciente Brasil; Marco Alemán, da WIPO; e David Kellis, do USPTO (United States Patent and Trademark Office), com participação de Jorge Ávila e Peter Eduardo Siemsen, da ABPI.

A diretora da Braskem, Fabiana Quiroga, discorreu sobre a importância do plástico na cadeia produtiva e o desafio do gerenciamento dos resíduos. Ela detalhou como a Braskem vem trabalhando com matéria-prima renovável em toda a cadeia, através de vários projetos e parcerias com universidades, centros de pesquisa e ONGs. A empresa já faz a reciclagem mecânica, que reaproveita resíduo plástico, e está com projeto para a reciclagem química, que substitui a nafta fóssil pela nafta circular. A meta da empresa é ampliar o portfólio com produtos reciclados para 300 mil toneladas em 2015 e um milhão de toneladas em 2050. “Para criar economia circular temos que atuar em parceria, pois colaboração e inovação têm que andar juntas”. 

Alemán, diretor-adjunto da WIPO, considera que o conceito de inovação aberta, em que um produto pode ser desenvolvido por mais de uma empresa, é essencial para todas as empresas que atuam na economia circular. Ele lembrou que a WIPO está ligada a escritórios de marcas e patentes de todo o mundo e pode funcionar como uma plataforma de promoção da economia circular. “Precisamos mostrar os benefícios da inovação e melhorar o ecossistema de inovação para que as empresas possam se comunicar com os clientes”, acrescentou.

Bethlem, em sua explanação, defendeu que as empresas não podem praticar um capitalismo só para o acionista, mas para os stakeholders como um todo, incluindo, entre outros, comunidade, empregados e consumidores. “Economia circular não se faz sozinho, mas através de parcerias. É um compromisso contínuo de renovação e cooperação entre as empresas e todos os envolvidos”, explicou.

Segundo Kellis, o USPT incentivará a inovação pelo sistema de governança ESG (Environmental, Social and Governance) em parceria com empresas e também por meio da concessão de direitos de Propriedade Intelectual, com exames mais rápidos para patentes voltadas para inovações em prol da humanidade, especialmente aqueles que contribuam para a qualidade do ambiente e a preservação dos recursos energéticos.

Para Acedo, CEO da INTA, ser verde não é mais uma opção, mas parte da cartilha empresarial.  “A governança ambiental, social e corporativa tornou-se um componente central das marcas corporativas”. Ele observou que é preciso trabalhar para sensibilizar a sociedade sobre o papel positivo das marcas e combater o contrabando. “Temos que lidar com este sentimento antipropriedade intelectual que ainda existe na sociedade e explicar que o contrabando coloca em risco à saúde pública, prejudica o governo e trai a confiança do consumidor”.

 

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