Congresso da Propriedade Intelectual da ABPI: misto de conteúdo e networking
Está tudo pronto para mais um Congresso Internacional da Propriedade Intelectual da ABPI. Maior e mais importante evento do gênero da América Latina, o Congresso deste ano, que acontecerá de 23 a 26 de agosto próximos, debaterá a Propriedade Intelectual e a Economia Circular. Serão mais de 50 horas de conteúdo, com os mais variados temas, entre quatro plenárias, oito painéis e 20 table topics, além de espaços de interação e networking. No evento, o segundo em formato virtual, os participantes terão oportunidade para conhecer e se relacionar com representantes de empresas, entidades e instituições que integram a comunidade de propriedade intelectual do Brasil e do mundo. As inscrições para o 41º Congresso podem ser feitas por meio do aplicativo da ABPI.
O Congresso deste ano trará personalidades de peso do mundo da propriedade intelectual, entre membros do judiciário, executivo e legislativo, representantes de empresas e entidades nacionais e estrangeiras do setor. Às 9 da manhã da segunda-feira, 23, o economista Ricardo Amorim abrirá o evento com a palestra “Propriedade Intelectual e a Economia Circular”. Em seguida, o diretor regional da OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), José Graça Aranha; o presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta e o presidente do INPI, Cláudio Vilar Furtado, comandarão a apresentação “Conquistas e novos desafios na gestão do INPI”. No mesmo dia, entre outros, destaque para o painel 1 sobre “Atualizações sobre o Plano de Eliminação ao Backlog de Patentes”, com palestras da diretora de patentes do INPI, Liane Lage, e a head latam de patentes da Sanofi, Maria Isabel Giachetti.
Na terça-feira, 24, a plenária “O papel da inovação na economia circular” terá palestras do CEO da INTA (International Trademark Association, na sigla em inglês), Etienne Acedo; da diretora de Negócios de Economia Circular da Braskem, Fabiana Quiroga; e do presidente do Instituto Capitalismo Consciente do Brasil, Hugo Bethlem.
A plenária da quarta-feira, 25 discutirá sobre a polêmica “ADI 5.529: impactos da decisão do STF”, com participação de Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal(STF), e os advogados Luciano Timm e Sérgio Olivares, do México, sob a moderação do presidente da AIPPI (Association Internationale pour la Protection de la Propriété Intellectuelle, na sigla em francês), Luiz Henrique do Amaral. No mesmo dia o painel 5 promete: “PI no agronegócio: da tecnologia genética à automação”.
Na quinta-feira, 26, último dia do evento, o Congresso termina com a plenária “25 anos da LPI e sua modernização”, com participações da juíza federal Márcia Maria Nunes de Barros; do vice-presidente da ABPI, Gabriel Leonardos; do professor da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Enzo Baiocchi, e discurso de encerramento do presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta. Na solenidade será entregue o 2° Prêmio Patente do Ano ABPI, que nesta edição premiará as invenções que contribuem para o desenvolvimento sustentável.
Economia Circular e inovação de mãos dadas
Tema âncora do 41º Congresso Internacional de Propriedade Intelectual da ABPI, a economia circular, segundo a definição da Organização Internacional de Normalização (ISO) é um “sistema econômico que utiliza uma abordagem sistêmica para manter o fluxo circular dos recursos, por meio da adição, retenção e regeneração de seu valor, contribuindo para o desenvolvimento sustentável”. Baseada em modelo disruptivo, a economia circular propõe que o design e a tecnologia gerem sistemas circulares de comércio e indústria, criando novos mercados e desativando muitos dos existentes.
O que isso tem a ver com Propriedade Intelectual? Tudo. A começar pelo fato de que as empresas serão as impulsionadoras da economia circular – que substitui o conceito atual de economia linear – pois a extração de insumos e o descarte de produtos dão lugar à reutilização e a reciclagem, reduzindo, com isso, a utilização de recursos naturais. Lucram as empresas, que passam a gerar receita com o próprio resíduo, e ganha o meio ambiente, com a eliminação de resíduos na cadeia produtiva e nas emissões na atmosfera. Segue que para desenhar, produzir e comercializar os novos produtos e processos, desenvolvidas no rastro da nova economia circular, as empresas terão que proteger suas patentes.
Já há indústrias que reprocessam os materiais utilizados na própria planta. O modelo circular de produção pode permear um amplo espectro da cadeia produtiva geradora de resíduos, como a indústria de celulose, mineradoras, fármacos, cosméticos, entre outros.
Acesse o site do 41° Congresso da ABPI, confira a programação completa e faça sua inscrição.