Newsletter edição 03 - Junho 2019

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A saga da Indústria farmacêutica

O lançamento de um medicamento por um laboratório farmacêutico, dos testes iniciais ao ponto de venda, é uma corrida de obstáculos e nem sempre tem final feliz. Segundo o recente estudo “Novas terapias, novos métodos de pagamento e a convergência tecnológica”, patrocinado pela Interfarma, sócio institucional da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), apenas uma entre cinco mil e 10 mil novas drogas de investigação (INDs – novas moléculas nos estágios iniciais de pesquisa) conseguem superar todas as etapas – pesquisa básica, descoberta da molécula, ensaios pré-clínicos, pesquisa clínica (Fases I, II e III) e aprovação do órgão regulador – para só então chegar ao mercado. Milhões e por vezes bilhões de dólares são investidos neste processo.

Como não há, portanto, garantia de sucesso na P&D farmacêutica, um produto que chega ao final da linha, ou seja, atinge o estágio de comercialização, poderá render lucros vultosos, mas, em contrapartida, uma droga que não se traduz em medicamento comercializável (a grande maioria) gera prejuízo muitas vezes de igual monta, uma vez que o investimento não é recuperado.

Em função do risco na P&D farmacêutica, a proteção das patentes constitui um ativo de primeira hora para as empresas de pesquisa. Mas não é garantia para eventual fracasso nos ensaios clínicos, com consequências muitas vezes deletérias para empresas iniciantes, que podem ter grandes prejuízos. “Na lista dos principais fracassos de 2016, constam seis moléculas promissoras, cujo insucesso teve como consequência uma queda de mais de 60% no valor das empresas envolvidas; outras seis moléculas resultaram na dispensa de 60% dos funcionários. Às vezes, as organizações simplesmente quebram diante dos resultados negativos de suas linhas de pesquisa ou testes clínicos”, aponta o estudo da Interfarma.

Debate no Congresso – O caminho percorrido por um medicamento, sob o viés da propriedade intelectual, será debatido no painel “Do tubo de ensaio à prateleira: a saga da indústria farmacêutica”, um dos pontos altos do XXXIX Congresso Internacional da Propriedade Intelectual da ABPI, em agosto próximo. Estão confirmadas as palestras do advogado de patentes Craig Tucker, da Eli Lilly and Company; do gerente de projetos de Bioinformática da Intomics, Frederico de Masi; e do procurador do INPI, Ricardo Luiz Sichel. O moderador do painel será o advogado Anderson Ribeiro, do escritório Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual.

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