Newsletter ABPI - Congresso 2025 - Dia 2
Crédito da foto: Ricardo Matsukawa
O painel 3 do 45º Congresso Internacional da ABPI tratou o tema “Dupes: Livre iniciativa ou parasitismo?” e reuniu Daniela Thompson S. Martinez, Head de IP da Natura; Etienne Sanz de Acedo, CEO da INTA e Roberto Ribeiro, Conselheiro da ABPI, como moderador.
Roberto Ribeiro abriu o painel compartilhando uma definição do que é um Dupe. Como produto, é possível dizer que se trata de um produto duplicado, que imita ou replica de perto a aparência, a função ou a marca de um produto mais caro ou conhecido, geralmente a um preço mais baixo. Mas, diferente das falsificações, as cópias não usam o nome ou o logotipo da marca original.
Acedo iniciou sua apresentação citando que a busca pelo termo Dupe cresceu mais de 40% desde 2020. “Nas redes sociais, a hashtag #Dupe atingiu 6,3 bilhões de visualizações no TikTok somente em 2023”.
O executivo da INTA acrescentou que o crescimento dos Dupes é motivado também por questões econômicas. “44% dos consumidores britânicos já compraram imitações porque não tinham condições de comprar produtos de alta qualidade”.
Daniela comentou como a Natura reagiu, quando recentemente, teve conhecimento de uma publicação nas redes sociais que comparava um batom com um dos seus produtos. “Aproveitamos a situação para enaltecer a qualidade do nosso produto, como ele é feito, a tecnologia e sustentabilidade por trás do processo de fabricação”. Nessa linha, a executiva destacou que a companhia investe muito em desenvolvimento. “Investimos mais de R$ 300 milhões em pesquisa e desenvolvimento só no ano passado, com mais de 250 cientistas e pesquisadores”.