O painel 8 “Políticas Corporativas de Inovação” reuniu representantes do Grupo Moura (fabricante de baterias elétricas, do Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura ( ITEMM) e da Stellantis, conglomerado automotivo, formado a partir da união da montadora Fiat Chrysler Automobiles com a montadora francesa PSA Group. O objetivo foi contar como essas empresas e o Instituto têm se empenhado na busca pela inovação. Ricardo Boclin, da ClarkeModet, foi o moderador.
Ana Flávia Pontes, Supervisora de Projetos de PD&I do PMO / PMO do, Grupo Moura, afirma que a empresa tem em seu DNA a inovação e a sustentabilidade. “Investimos recentemente R$ 2,5 milhões para desenvolver uma embalagem biodegradável. Geramos uma retirada de 30 toneladas de plástico do mercado e -80% de consumo de energia elétrica na produção das embalagens.Queremos eliminar o uso de plástico na produção das embalagens. Por conta disso, buscamos um registro de patente verde, com pedido já em curso”.
A empresa tem uma equipe interna e conta com apoio de escritórios externos para gerenciar todas as questões de Propriedade Intelectual, que englobam, Propriedade Industrial, Direito autoral, programas de computador, marcas, patentes, desenho industrial e modelo de utilidade. “Atualmente, temos 35 patentes depositadas e concedidas, sendo 31 no Brasil, três nos Estados Unidos e uma na Argentina”.
Outra ação inovadora do Grupo Moura é uma nova unidade de reciclagem, que deve iniciar os trabalhos em 2025. Segundo Ana, a projeção é alcançar a marca de 274 mil toneladas por ano de baterias recicladas, geração de 250 empregos diretos e uma capacidade produtiva de 136 mil toneladas. “O investimento total deve chegar a R$ 700 milhões”.
A empresa começou as atividades em 1957, no município de Belo Jardim, em Pernambuco. Hoje, a companhia tem quatro unidades na cidade.
Pesquisa e desenvolvimento – Marcos Malveira, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do ITEMM, um centro de pesquisas que surgiu a partir do Grupo Moura, disse que o Instituto iniciou os trabalhos com foco em acúmulo de energia. “Com o passar dos anos, começamos a diversificar o portfólio”.
Em 2014, o instituto firmou parcerias para o uso de baterias na geração fotovoltaica. “Depois, outra parceria nos levou para as linhas de montadoras, com possibilidade de caracterização das baterias. Em 2019, foi a vez de nos envolvermos com a mobilidade elétrica. Já em 2021, criamos processos de geração, distribuição e transmissão de energia”. A sede matriz do ITEMM também está localizada no município de Belo Jardim (PE).
Mais investimentos – Felipe Falcone Perruci, Diretor Jurídico para a América do Sul da Stellantis, citou que a empresa investe em Pernambuco, desde 2011, com a inauguração do Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em 2015. Recentemente, a companhia já anunciou novos investimentos na unidade.
O executivo ressaltou que até 2030, a companhia pretende ser uma empresa de tecnologia, voltada para a mobilidade. Enquanto 2030 não chega, a Stellantis continua sua expansão. Nos últimos meses foi fechado um acordo com a chinesa Leapmotor. “Teremos exclusividade para vender os automóveis chineses que devem começar a chegar ao Brasil em 2025”.
Outra questão ligada à inovação, apresentada pelo diretor da Stellantis, é o número expressivo de patentes que a empresa tem. “No ano passado registramos 58 patentes no INPI. Estamos em terceiro lugar numa lista de empresas privadas e instituições públicas. Somos a empresa privada que mais registrou patentes no período. Na nossa frente, só a Petrobras (1º) e a Universidade Federal de Campina Grande (2º). Estamos na frente da Universidade Federal de Minas Gerais (4º)”.
