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PI é ativo financeiro, mas seu uso no Brasil ainda é escasso

Se no mundo é cada vez maior o número de empresas que utilizam a Propriedade intelectual como ativo financeiro, no Brasil ainda há pouco conhecimento deste uso da PI, mostrou o painel 7 “Ativos de PI como alavanca financeira”, que reuniu o especialista em avaliação e financiamento em PI da OMPI (Organização Mundial do Comércio, na sigla em português), Michael Kos, e a coordenadora de tecnologias do Sebrae, Hulda Giesbrecht, sob a moderação do advogado Gustavo de Freitas Morais.

Os números apresentados por Kos comprovam que pequenas e grandes empresas globais já usam o financiamento lastreado em PI, como um fundo do HSBC, que já movimenta 500 milhões de libras esterlinas. Na China, os empréstimos lastreados em PI já somam US$ 67 bilhões. Na Coreia este número alcança a marca dos US$ 2,2 bilhões.

Segundo Kos, a OMPI está desenvolvendo um projeto-piloto de financiamento lastreado em PI e busca parcerias nesta área. O objetivo é prestar apoio a instituições financeiras e fundos de investimento para auxiliar seus beneficiários a usufruir do valor de sua PI.

Hulda Giesbrecht mostrou, em sua exposição, o Catalisa ICT, sistema promovido pelo Sebrae em parceria com diversas entidades do ecossistema nacional de inovação. O objetivo do programa é promover a aproximação entre universidades e mercado por meio de negócios de base tecnológica. Direcionado a mestrandos, mestres, doutorandos e doutores, o Catalisa ICT fomenta quem deseja transformar a pesquisa em um produto ou processo inovador.

Dos 991 proponentes do catalisa ICT, foram aprovados 150, sendo 37% de mulheres. As tecnologias envolvidas incluem Nanotecnologia, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Radiofármacos, Blockchain, Biotecnologia e Ciência dos Dados.

A representante do Sebrae mostrou que, apesar dos resultados, os pequenos negócios em geral não compreendem o potencial dos ativos de PI como alavanca financeira. “As deep techs têm dificuldade para compreender o conjunto de ativos de PI como alavanca financeira, além das patentes, e não consideram os ativos de PI como item de valoração na estratégia de captação de recursos financeiros. Além disso, as entidades financeiras não incluem os ativos de PI como itens de avaliação ou de garantia na concessão de recursos financeiros”.

 

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