O painel 2 “ Como a IA está moldando a criação de conteúdo”, que teve a moderação de Vivian de Melo Silveira, da Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual, esclareceu vários pontos importantes a respeito do tema. Leonardo Oliveira, Diretor de Produção Digital da Hogarth, ressaltou que sua agência já atua com Inteligência Artificial (IA) há oito anos e ressaltou que o tema não é tão recente como parece. “Na década de 1940, por exemplo, o tema já era abordado. Porém, o ritmo de desenvolvimento foi muito moroso. Não havia tecnologia para processar dados e nem tantos dados à disposição. Na década de 2010, começaram a surgir modelos de aprendizado profundo. Antes disso, a aplicação e evolução estavam restritas a algumas áreas da academia da indústria”.
Hoje, a situação mudou totalmente. “No nosso segmento específico, todas as agências e grandes grupos de publicidade, comunicação e mídia têm acesso às melhores ferramentas de IA que o mercado oferece. Faço questão de deixar bem claro isso para os clientes e garanto que o talento humano ainda continuará sendo o diferencial”, avalia Oliveira.
Jorge Avila, ex-presidente do INPI, ex-presidente do INPI, membro de Honra Vitalício da ABPI e professor da UNIRIO e SEBRAE-RJ, destacou em sua apresentação que é fundamental reconhecer que a IA e tantas outras tecnologias têm surgido para nos ajudar. “No entanto, isso não nos autoriza a usá-las de maneira desatenta”.
Avila também alertou para a renovação de conteúdo utilizado pelas ferramentas de IA. “Dai, quem sabe, surjam até novas profissões. Quem irá organizar novos dados para o treinamento da IA? A informação, com o passar do tempo, também se torna obsoleta. Quem vai parar, pensar e perceber essa carência?”.
No final, Avila abordou a questão da regulamentação legal sobre a produção de conteúdo com IA. “A comunidade de Propriedade Intelectual precisa participar deste processo, que não deve exclusivamente ser debatido e definido por legisladores e técnicos do governo. Isso tudo requer um conhecimento técnico e jurídico”.
