A diversidade não deve ser vista apenas como uma atitude de responsabilidade social, mas uma ferramenta de melhoria da competitividade organizacional, incluindo atração e retenção de talentos, disse, nesta terça-feira, 22, o secretário-executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, Reinaldo Bulgarelli. Ele foi o convidado do almoço-palestra do 43° Congresso da ABPI sob o tema “Diversidade LGBTQIAPN+: respeito aos direitos e ambiente inclusivo como promotor da equidade”. O almoço-palestra foi organizado pelo Comitê de Diversidade e Inclusão da ABPI. Bulgarelli foi recebido por Pedro Vilhena, um dos coordenadores do Comitê.
Segundo Bulgarelli, estamos diante de um tema de transformação organizacional: a cadeia de valor está pressionando por ações de diversidade. Criado em março de 2013, o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ congrega 188 empresas.
As organizações, afirmou Bulgarelli, não se estruturaram considerando a diversidade humana e suas singularidades. Mas, os tempos são outros e será preciso mudar, levando em conta as características individuais, aproveitando e potencializando, em ambiente inclusivo, as competências de cada um. “Há uma explosão de identidades a pleno vapor no mundo e temos que repensar tudo. Por isso, precisamos aproveitar o potencial do mundo LGBTI+ dentro das empresas, que são o espaço da criação e desenvolvimento”.
Ambiente de trabalho – Uma pesquisa da consultoria Santo Caos, com 20 mil trabalhadores de empresas de todo o País, revelou que 65% dos profissionais LGBTI+ já sofreram discriminação no ambiente de trabalho, e 28% deles já foram assediados. O índice de casos de discriminação é ainda maior quando analisadas apenas as pessoas trans e bissexuais: 86% e 72%, respectivamente.
